Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 30/10/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Mulheres dizem não conseguir fazer exames preventivos em Goiânia
• Alerta contra a hipertensão
• Criador de pílula rebate críticas

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Mulheres dizem não conseguir fazer exames preventivos em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/mulheres-dizem-nao-conseguir-fazer-exames-preventivos-em-goiania/4573699/

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O POPULAR

Alerta contra a hipertensão
Médicos recomendam atenção à pressão arterial de adolescentes e crianças a partir de 3 anos
Renato Queiroz

Principal causa de morte cardiovascular no País, a hipertensão é tema do XII Congresso do Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que acontece no Centro de Convenções de Goiânia até sábado, 31. O evento reúne cerca de mil participantes, com a presença de médicos estrangeiros e especialistas brasileiros renomados. Novidades no tratamento da doença estão sendo debatidas em conferências, palestras e mesas-redondas. O congresso é presidido pelo cardiologista goiano Thiago de Souza Veiga Jardim, filho do médico e professor Paulo César Veiga Jardim, da Faculdade de Medicina da UFG, que será homenageado durante o evento.
Um dos destaques é a abordagem da hipertensão em crianças e adolescentes. A estimativa é que 3 milhões de brasileiros nesta faixa etária sofram com a doença. Para a coordenadora da Liga de Hipertensão Arterial da Universidade Federal de Goiás (UFG), Ana Luiza Lima Sousa, a maior preocupação é que não existe entre os brasileiros e entre os próprios profissionais de saúde a cultura de medir a pressão arterial durante a infância e a adolescência.
“A primeira dificuldade é encontrar nos hospitais públicos e privados aparelhos apropriados, como a braçadeira do tamanho adequado, para aferir a pressão arterial da criança”, explica Ana Luiza. Chamada de “mal silencioso”, a hipertensão arterial, antes exclusividade de adultos, tem feito cada vez mais parte da rotina dos pequenos. O crescimento do número de crianças obesas no País é apontado como uma das causas do fenômeno.
Desde 1992, a Liga de Hipertensão do Hospital das Clínicas da UFG faz um rastreamento nos filhos e netos de hipertensos atendidos no programa. Atualmente são atendidos no local cerca de 100 crianças com alterações na pressão arterial e o número de adultos hipertensos passa dos 2 mil. “Entre filhos de pais hipertensos, é maior a probabilidade de desenvolver o problema no futuro. Nestas famílias, portanto, o acompanhamento dos níveis de pressão arterial da criança deve começar logo cedo”, explica a coordenadora.
Em muitas casos, as hipertensões arteriais em crianças são secundárias a alguma outra doença, mas podem também ser o início precoce da hipertensão essencial do adulto. O alto consumo de sal e alimentos industrializados aliados a uma infância cada vez mais obesa e sedentária são vistos como grandes vilões do quadro. Especialistas afirmam que, para frear esse aumento de pressão alta e tantas outras doenças que começam a aparecer nos consultórios pediátricos, é preciso uma mudança de hábitos com uma alimentação mais saudável e estímulo a atividades físicas.
Doença silenciosa
A hipertensão costuma ser uma doença silenciosa. No caso de crianças, é muito difícil que algum sintoma se manifeste. Por isso, é importante sempre aferir a pressão nas consultas de rotina depois que seu filho completar 3 anos. A hipertensão infantil compromete o funcionamento dos rins e, em casos raros, aproxima doenças graves que só apareceriam na vida adulta, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

“Os pais não devem esperar por sintomas”

Autora do livro Hipertensão (Ed. Elsevier Brasil) e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a cardiologista Andréa Araújo Brandão está em Goiânia para falar sobre por quê, quando e como tratar a doença na criança e no adolescente. Em suas pesquisas e práticas cotidianas, constatou que a combinação de má alimentação e sedentarismo é a receita perfeita para o problema, que deixou de ser exclusividade dos adultos. Ela lembra que nem sempre a hipertensão infantil está ligada à obesidade. O controle do peso e uma vida ativa ajudam na busca do equilíbrio.

A hipertensão tem uma prevalência relativamente baixa entre crianças e adolescentes em comparação com os adultos. A que sintomas os pais precisam ficar mais atentos para perceber que seu filho sofre da doença?
O percentual é em torno de 3% a 5% das crianças, o que parece pouco. Entretanto quando a gente olha o número de crianças hipertensas no Brasil chega a milhões. A imensa maioria não sente nada porque as alterações presentes são iniciais e não resultam em comprometimento maior de sintomas ou complicações. A maneira que a gente tem para identificar é medir a pressão arterial de toda criança a partir de 3 anos. Esse é um papel do pediatra, que é quem avalia a criança com regularidade. Os pais não devem esperar por sintomas.

Apesar de ser um problema de saúde pública, sabemos que a maior parte dos médicos ainda não tem o hábito de aferir pressão de crianças ou adolescentes durante as consultas. Em alguns hospitais sequer há aparelho infantil para aferição. Como a senhora avalia essa situação?
Isso é verdade, mas a situação já melhorou muito. Hás uns 20 ou 30 anos, aferir a pressão de crianças e adolescentes era algo que os médicos nem cogitavam. Hoje muitos pediatras já percebem essa necessidade. No Rio de Janeiro, por exemplo, já temos vários serviços públicos de saúde que têm equipamento adequado para isso. Mas reconheço que essa, infelizmente, não é uma realidade para todo Brasil. Por isso que a gente está sempre chamando atenção para esse assunto.

Qual a principal diferença no tratamento de uma criança hipertensa de um adulto?
A principal diferença é que você está em um estágio bem inicial da doença, o que permite prevenir efetivamente as complicações relacionadas à hipertensão. Isso faz com que você possa tratar esse indivíduo com medidas não medicamentosas com bastante êxito, de forma a tentar reverter essa situação. Na criança e no adolescente, é fundamental a modificação no estilo de vida. Ter uma dieta saudável, não ter excesso de peso e estimular a atividade física.

Como o sedentarismo e os hábitos alimentares contemporâneos influenciam no quadro de hipertensão?
Hoje temos crianças muito mais sedentárias do que antes por causa do apego ao videogame, computador e celular. Antigamente, as crianças estavam na rua pulando, correndo e se movimentando. Até a questão da segurança de nossas grandes cidades colabora para que isso não ocorra mais. A criança fica muito mais presa. Ao invés de ir para a escola a pé, ela vai de carro. O consumo de alimentos industrializados, ricos em sal e gordura, é uma realidade. Então você tem mil mudanças nos hábitos de vida que acabam facilitando uma dieta não adequada e o sedentarismo, que também estimulam a elevação da pressão arterial.
O que os pais devem fazer ao receber o diagnóstico do filho hipertenso?
A mudança de hábitos é um desafio que exige o envolvimento de toda a família. Estimular hábitos mais saudáveis e uma vida mais ativa são o melhor caminho. A criança e o adolescente não decidem o que vão comer. O que não pode é tratar como se fosse um doente. Dar um tipo de alimento para o irmão e negar para o hipertenso. Se a criança tem pressão alta, normalmente há outros casos na família. Por isso é muito importante convencer o pai e a mãe de que tem que ser uma mudança familiar e que trará benefícios para todos. Em alguns casos, porém, há a prescrição medicamentosa para a criança.
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Criador de pílula rebate críticas

Brasília – O professor aposentado de química da USP Gilberto Chierice defendeu ontem a fosfoetanolamina, substância com suposta ação contra o câncer que, apesar de não ter passado por testes clínicos em humanos, despertou o interesse de pacientes pelo país.
“Não tenho um dado clínico de todas essas pesquisas. Mas tem muita gente que tomou”, disse em audiência audiência pública sobre o caso na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. “É uma situação que chega a ser constrangedora. Ela já foi chamada de garrafada, de pilulinha mágica”, disse.
Chierice comentou o período em que ele afirma ter sintetizado a substância em parceria com o hospital Amaral Carvalho, localizado em Jaú, no interior de São Paulo.
Sem entrar em detalhes ou apresentar documentos, o professor afirmou que pesquisas sobre a substância foram realizadas e cumpriram regras do Ministério do Saúde. “Cadê? Vocês têm que pedir para o hospital. O hospital abandonou, e eu sei qual é o motivo”, disse, sem, porém, informar tais razões.
O hospital de Itu diz que o convênio com a USP não tinha relação com a fosfoetanolamina, mas sim com estudos com substâncias derivadas da mamona, embora a instituição tenha dito à reportagem que não seria possível apresentar os documentos relativos ao acordo.
No seu discurso, Chierice negou ter feito “exercício ilegal da medicina” ao distribuir o composto e disse que as doses da substância foram recomendadas pelo hospital após os primeiros testes com pacientes.
“Esgotado esse convênio, os pacientes passaram a pegar o medicamento na USP em São Carlos. E isso cresce de uma maneira às vezes incontrolável. Mas nunca inserimos na área médica”, disse.
Sem comprovação
A fosfoetanolamina tornou-se objeto de embate depois que decisões da Justiça obrigaram a USP a produzi-la e fornecê-la a mais de mil pessoas, apesar de não ter comprovação de eficácia devido à falta de testes.
Em nota, a USP já informou que a fosfoetanolamina não é remédio, foi estudada como produto químico e não há “demonstração cabal de que tenha ação efetiva contra a doença”.
O presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Jarbas Barbosa, disse que todos os dados apresentados se referem só a testes iniciais. “Medicamentos não são inócuos. Para não ir muito atrás, cito um medicamento recente que foi tido como milagre e acabou cancelado porque se descobriu que ele aumentava o risco de infarto”, afirmou, referindo-se ao Vioxx.
O secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, disse que a pasta deve formar um grupo de trabalho com pesquisadores para discutir a substância.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

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