Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 31/10 A 03/11/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Especialista fala sobre nova ordem para planos de saúde realizar mais 21 procedimentos
• Artigo – Tratamentos inacessíveis
• Artigo – UTI não define um hospital (Artigo)
• Manter plano de saúde é desafio para quem fica desempregado
• Pílula será estudada
• Aedes aegypti mutante
• Indenização por isolamento forçado
• Busca por mamografia supera expectativas

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Especialista fala sobre nova ordem para planos de saúde realizar mais 21 procedimentos
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/especialista-fala-sobre-nova-ordem-para-planos-de-saude-realizar-mais-21-procedimentos/4580775/ (02/11/15)

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O POPULAR

Artigo – Tratamentos inacessíveis

Os avanços tecnológicos na área da medicina são constantes e permitem resultados mais efetivos, seguros, duradouros e, principalmente, com menores efeitos adversos, o que resulta em melhor qualidade de vida aos pacientes. Nesta linha de raciocínio, pacientes com doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson; aqueles com dores refratárias de origem oncológica e outros com espasticidade em membros por lesões medulares graves seriam os mais beneficiados pelas novas pesquisas que fazem surgir modernas e eficazes técnicas de tratamento para males antes insolúveis.
Uma dessas técnicas é a neuromodulação, que consiste no uso de corrente elétrica por meio de marcapassos em regiões específicas do cérebro ou da medula espinhal que bloqueiam a rigidez, tremores e dores refratárias. Ou o uso de bombas implantadas que forneçam medicamentos de forma contínua em regiões que bloqueiam também dores graves e a espasticidade.
São procedimentos que apresentam inúmeras vantagens, como a reversibilidade, a ajustabilidade e o fato de não lesionar os tecidos neurais. A grande desvantagem, infelizmente, não é de ordem médica e não está relacionada à eficácia do tratamento. Trata-se do alto custo das intervenções, que limita o acesso da grande maioria da população brasileira que depende do Sistema Único de Saúde (SUS).
A questão da falta de acessibilidade aos procedimentos modernos é grave, já que milhares de brasileiros padecem com doenças neurodegenerativas como Parkinson, distonia, tremor essencial, além de dores graves decorrentes de câncer e espasticidades refratárias sem tratamento em sua plenitude. E isso não apenas em Goiás, mas em todo o Brasil. Apenas alguns poucos centros realizam estes procedimentos pelo SUS, mas ainda são insuficientes para o tratamento deste gigantesco grupo de pacientes.
Em Goiás não dispomos de centros especializados que forneçam estes equipamentos para estimulação cerebral profunda ou para estimulação medular ou de bombas para infusão de medicamentos como forma de tratamento avançado pelo SUS. Para que os pacientes sejam submetidos a estes tratamentos, eles precisam de convênios de saúde que arquem com os custos dos procedimentos. Ou ainda procurar ajuda no Ministério Público na tentativa conseguir os procedimentos via judicial.
Apesar do artigo 196 da Constituição federal deixar claro que a saúde é direito de todos e dever do Estado, o texto está longe de refletir a realidade. As políticas públicas na área da saúde contemplam, em teoria, programas para melhorar o atendimento da parcela da população com esses problemas específicos – inclusive no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos (SIGTAP) pelo SUS. Mas, infelizmente, faltam investimentos, planejamento e uma política de valorização dos profissionais dedicados e qualificados para tratar esses males que fazem definhar seus portadores. Coisas do Brasil doente.
Ledismar José da Silva é neurocirurgião e professor da PUC Goiás. (03/11/15)
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Artigo – UTI não define um hospital (Artigo)

Desde que foi aprovado o Projeto de Lei nº 308/2011, do vereador Eudes Vigor (PMDB), que obriga os hospitais de Goiânia a terem Unidade de Terapia Intensiva (UTI), temos ouvido dizer que somente os estabelecimentos com UTI podem ser considerados hospitais. A Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG) tem dever esclarecer a população que essa afirmação não é verdadeira e compromete a noção de segurança das pessoas.
Construções e instalações de serviços de saúde em todo território nacional obedecem às normas e padrões fixados pelo Ministério da Saúde(MS). Compete às secretarias de saúde ou órgãos equivalentes a aprovação dos projetos e a autorização para funcionamento, uma vez apurado o cumprimento das normas e padrões da legislação. Instituições financeiras oficiais somente concedem crédito para a construção, ampliação ou reforma das unidades de saúde, ou aquisição de equipamentos, quando os respectivos projetos já tenham sido previamente aprovados pelo ministério.
Importante ressaltar que nenhuma norma ou padrão legal estabelece que, para ser classificado como hospital, o estabelecimento deve possuir UTI. A Portaria nº 30, de 11/9/77, do Ministério da Saúde, aprova os conceitos e definições previstos no Decreto nº 76.973, de 21/12/75, e traz a terminologia geral do setor de saúde. Em nenhuma normativa, a UTI é mencionada para definir qualquer tipo de hospital.
Em 1983, o MS atualizou e ampliou a nomenclatura utilizada, editando a Terminologia Básica em Saúde (TBS), com a colaboração de diversos órgãos e instituições. A TBS define o um hospital como sendo o "estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência sanitária, em regime de internação, a uma determinada clientela, ou de não internação, no caso de ambulatório ou outros serviços" e especifica o número de leitos para o hospital ser considerado de grande porte (151 a 500), de médio porte (51 a 150), de pequeno porte (até 50) e de porte especial (acima de 500).
Além desses, ainda são mencionados os hospitais beneficentes, de especialidades, de base, de corpo clínico aberto, de corpo clínico fechado, de ensino. No Projeto de Terminologia em Saúde, que elaborou o Glossário do MS, de 2004, tais definições permanecem sem menção à existência de UTI como critério de definição de hospital.
A Resolução nº 7 do MS, de 24/4/10, Seção III, art. 4º, VIII, também traz a seguinte definição: "Hospital é o estabelecimento de saúde dotado de internação, meios diagnósticos e terapêuticos, com o objetivo de prestar assistência médica curativa e de reabilitação, podendo dispor de atividades de prevenção, assistência ambulatorial, atendimento de urgência/emergência e de ensino/pesquisa."
Outra portaria, a nº 466 do MS, de 4/6/98 (Consulta Pública), ainda estabelece o conceito de hospitais secundário e terciário: O Hospital Secundário é um hospital geral ou especializado, destinado a prestar assistência a pacientes nas especialidades médicas básicas (pediatria, gineco-obstetrícia, clínica médica e cirurgia geral); e o Hospital Terciário é especializado ou com especialidades, destinado a prestar assistência a pacientes em outras especialidades médicas além das básicas. Em nenhuma das definições há exigência de UTI.
Assim, não se admitem conceitos próprios segundo entendimentos pessoais ou de interesses de qualquer entidade. A legislação brasileira de saúde deve ser seguida e respeitada. Hospitais que realizam cirurgias e procedimentos complexos, obviamente, devem ter UTI, entretanto, em hospitais de especialidades como psiquiatria, oftalmologia, otorrinolaringologia, para citar algumas, não existe necessidade. A obrigatoriedade pretendida pela lei poderá trazer sérias dificuldades e até inviabilizar o seu funcionamento, especialmente de hospitais de pequeno porte localizados no interior do Estado.
A Portaria nº 3432/MS/GM, de 12/8/98 (Anexo), dispõe sobre a obrigatoriedade de UTI em dois itens, a saber: "Todo hospital de nível terciário, com capacidade instalada igual ou superior a 100 leitos, deve dispor de leitos de tratamento intensivo correspondente a no mínimo 6% dos leitos totais"; e "todo hospital que atenda gestantes de alto risco deve dispor de leitos de tratamento intensivo adulto e neonatal."
Por isso, a AHEG defende que este assunto deve ser discutido de forma séria e responsável e que a criação de novas leis não pode afrontar a legislação existente, porque essa atitude está longe de garantir a melhoria das condições de saúde da população como todos nós desejamos.

Fernando Honorato, presidente Associação dos Hospitais do estado de Goiás (AHEG). (02/11/15)

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DIÁRIO DA MANHÃ

Manter plano de saúde é desafio para quem fica desempregado

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Quem perder o emprego ou aderir a um plano de demissão voluntária nos próximos meses vai se deparar com um custo elevado para bancar o plano ou seguro-saúde pessoal e da família. E isso se encontrar uma operadora disposta a aceitá-lo em um plano individual.
Um seguro ou plano de saúde empresarial, de abrangência nacional, com valor de cerca de R$ 350 por funcionário para a companhia, vai custar perto de R$ 1.500 para um beneficiário na faixa etária entre 44 e 48 anos que se aventure em uma negociação fora da empresa, segundo corretores.
São planos padrões para funcionários do escalão médio (gerentes, supervisores etc.) de empresas de grande porte, aceitos em São Paulo pela maioria dos hospitais e laboratórios (com exceção dos hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês e do laboratório Fleury), e com reembolso de cerca de R$ 150 por consulta a médicos.
Com o aumento de desemprego neste ano, 187,5 mil pessoas deixaram os planos empresariais no país até setembro, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde).
Hoje, nenhuma das grandes seguradoras comercializa planos individuais, que são aqueles com reajuste tabelado pela ANS e que impedem a exclusão unilateral do consumidor. Pouquíssimas empresas de saúde trabalham com a modalidade em escala nacional.
Entre as 1.415 empresas listadas pela ANS, só 516 informavam operar planos individuais em junho. Segundo pesquisa do Idec, no entanto, dessas, apenas metade comercializa, de fato, novos planos individuais.
Entre aquelas que trabalham no segmento individual, a maioria são empresas de foco regional, com poucos hospitais, laboratórios e profissionais credenciados. Geralmente, não têm reembolso para serviços feitos fora da rede própria.
Desde 2006, quando a ANS apertou a regulação dos planos individuais, a maioria das seguradoras decidiu sair desse mercado, sob o argumento de inviabilidade econômica. Passaram a trabalhar apenas com planos empresariais, em que o reajuste é negociado livremente entre as partes (empresa e seguradora) e o contrato pode ser rescindido; nos individuais, a seguradora ou gestora de plano não pode excluir o beneficiário unilateralmente.
Quem desistir do caminho individual pode entrar em um plano ou seguro-saúde via convênio de sindicatos ou de associações com uma seguradora ou empresa de saúde. São os chamados planos coletivos por adesão, em que o reajuste também é negociado livremente e pode ocorrer rescisão do contrato. A maioria dos sindicatos tem esses convênios, mas o consumidor tem de se sindicalizar.
EMPRESA DE FACHADA
Outra opção é abrir uma pequena empresa, geralmente com mais um ou dois sócios, apenas para obter um CNPJ e ter o direito de contratar um plano empresarial. Esses planos são conhecidos como "Pjotinha".
"Os planos por adesão e para pequenas empresas reúnem o pior dos planos coletivos -o reajuste livre e a exclusão do beneficiário- e dos individuais, que são preço maior, carência e rede menor", diz Joana Cruz, advogada do Idec.
"O consumidor não tem opção; é levado a abrir empresa de fachada e a aderir a uma associação se não quiser ficar apenas no SUS", afirma Rosana Chiavassa, advogada especialista em planos de saúde.
ENFERMARIA
Para Mauro Halfeld, especialista em finanças pessoais da UFPR, uma forma de reduzir os custos com a saúde é optar por um plano com enfermaria, o que costuma reduzir os valores das mensalidades em até 30%. "No caso de uma hospitalização, não é difícil negociar com o hospital um upgrade para um apartamento. Economiza um bom dinheiro e tem a cobertura no que realmente é importante: internações em UTI, cirurgias e exames mais sofisticados."
Outra forma de pagar menos é contratar planos de rede de profissionais médicos, como a Nipomed e da associação da Associação Paranaense de Medicina. O associado paga diretamente ao profissional, clínica ou hospital, mas seguindo uma tabela de preços mais econômica do que a para pacientes particulares.
"Esses planos apenas negociam descontos com os profissionais médicos. Não exigem carência nem relatórios sobre doenças preexistentes. O importante é tentar uma proteção além do SUS", afirma Halfeld. (03/11/15)
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Pílula será estudada

Ministério da Saúde cria grupo de trabalho para apoiar estudo da fosfoetanolamina
O Ministério da Saúde divulgou que publicação de portaria para apoiar os estudos clínicos e a produção da fosfoetanolamina, conhecida como "pílula do câncer". O medicamento causou polêmica após ser apontado como revolucionário no tratamento de câncer, mas não conta com estudos clínicos que comprovem seus benefícios. De acordo com o documento, que determina a criação de um grupo de trabalho, o Ministério passará a apoiar as etapas para o desenvolvimento clínico do medicamento.
"Estamos colocando à disposição do professor responsável pela síntese dessa molécula a possibilidade de submeter à fosfoetanolamina a todos os protocolos para verificar se a substância é ou não eficaz e por fim a essa celeuma. Por isso, a recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas não façam uso dessa substância até que os estudos sejam concluídos", orienta o MINISTRO DA SAÚDE.
O grupo contará com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para orientar os pesquisadores na elaboração dos protocolos clínicos e documentações necessária e deverá contar com o apoio do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para a realização de estudos clínicos e também da Fiocruz. Para isso será elaborado um plano de trabalho que prevê desde a caracterização da molécula, passando pelo desenvolvimento da formulação, produção de lotes de medicamentos experimentais seguindo as Boas Práticas de Fabricação (BPF) da Anvisa e realização de estudos pré-clínicos, ensaios clínicos e estudos de farmacovigilância.
"A grande preocupação do Ministério da Saúde é que as pessoas deixem de realizar o tratamento adequado e que tem sua eficácia comprovado e passem a usar um medicamento que não tem cientificamente uma comprovação de benefícios e efetividade comprovada", alertou o MINISTRO DA SAÚDE, Marcelo Castro.
De acordo com a portaria, o grupo de trabalho será composto por representantes do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A coordenação da iniciativa será de responsabilidade de um representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
A previsão é de que o grupo tenha um prazo máximo de 60 dias para apresentar o plano de trabalho das fases de desenvolvimento do projeto. Os nomes dos integrantes do grupo devem ser indicados nos próximos dias. (02/11/15)

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Aedes aegypti mutante

Fiocruz amplia projeto com mosquitos da dengue modificados em laboratório
Com base na experiência na Ilha do Governador, os cientistas adotaram nova metodologia em Jurujuba, onde vivem cerca de 2 mil pessoas Arquivo/Agência Brasil
Após um ano de testes com mosquitos da dengue modificados em laboratório, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ampliou a área de atuação do projeto no Rio de Janeiro. O bairro de Jurujuba, em Niterói, região metropolitana, tem recebido desde agosto milhares de ovos do Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, encontrada no meio ambiente e capaz de impedir a transmissão da dengue pelo mosquito. A experiência faz parte do projeto "Eliminar a Dengue: Desafio Brasil", que começou há cerca de um ano no bairro de Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte da cidade. Neste bairro moram 3 mil pessoas. Conforme o projeto, foram liberados, durante quatro meses, aproximadamente 10  mil mosquitos modificados com a bactéria.
Com base na experiência na Ilha do Governador, os cientistas adotaram nova metodologia em Jurujuba, onde vivem cerca de 2 mil pessoas. Luciano Moreira, pesquisador da Fiocruz e coordenador do projeto no Brasil, explicou que, em Jurujuba, ovos do mosquito com a bactéria foram liberados em pequenos baldes. A experiência ocorreu em 80 residências que aceitaram colaborar com a iniciativa.
"É um método mais simples e mais barato e, em termos de logística, podemos facilitar bastante o processo de soltar o mosquito com Wolbachia. Esta metodologia pode ser utilizada no futuro em outras áreas do Brasil", disse ele ao destacar que os resultados são promissores. Cerca de metade da população dos mosquitos em Jurujuba já está infectada com a bactéria. "Como a Wolbachia é transmitida pela mãe aos filhotes, não há necessidade de liberação permanente de Aedes aegypti com Wolbachia, então esperamos chegar a 100% dos mosquitos com a bactéria".
Embora não haja prazo para aplicação desta metodologia, o pesquisador mencionou que, na Austrália, onde a experiência teve início em 2009, 100% dos mosquitos da dengue nas áreas de testes estão infectados com Wolbachia. Em Tubiacanga, após 20 semanas de liberação de mosquitos, 65% dos mosquitos Aedes Aegypti continham a bactéria Wolbachia.
Na fase de monitoramento, o percentual de mosquitos com a bactéria teve queda de 15% em agosto passado. O verão atípico, com altas temperaturas e pouquíssima chuva, é uma das explicações para a morte dos mosquitos de laboratório.
"Além disso, nossos mosquitos eram mais suscetíveis a inseticidas em comparação com os mosquitos locais", comentou Moreira. "Isso trouxe uma informação nova e foi muito positiva para o projeto. Durante este ano, cruzamos os mosquitos infectados com a bactéria com os mosquitos de Tubiacanga, que agora estão mais resistentes aos inseticidas. A população comWolbachia já está em 50% após novas liberações de ovos e de mosquitos em agosto".
O pesquisador ressaltou que, quando a população de Aedes Aegypti chegar a 100%, será possível passar para o próximo passo: avaliar se houve queda no número de casos de dengue.
Os testes de campo no Brasil foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), após avaliação sobre a segurança para a saúde e o meio ambiente.
Além do financiamento da Fiocruz, feito pelo Ministério da Saúde, o projeto brasileiro também recebe verbas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). As secretarias municipais de Saúde de Niterói e do Rio atuam como parceiras locais na implantação do projeto.
A Wolbachia está presente em cerca de 60% dos insetos no mundo, incluindo diversas espécies de mosquitos, como o pernilongo, e não apresenta risco para a saúde humana ou para o ambiente. É uma bactéria intracelular, transmitida de mãe para filho no processo de reprodução dos mosquitos e não durante a picada do Aedes em ser humano.
A pesquisa com a bactéria também está sendo desenvolvida no Vietnã e na Indonésia. (02/11/15)

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Indenização por solamento forçado

Brasil já indenizou 8,7 mil portadores de hanseníase por isolamento forçado
Mais de 8,7 mil pessoas que, entre as décadas de 1950 e 1980, contraíram hanseníase e foram internadas compulsoriamente em hospitais-colônias já estão recebendo pensão como indenização do Estado.
Os dados são da Secretaria de Direitos da Presidência da República, responsável pela coordenação da comissão que analisa os processos. Os números se referem até setembro deste ano. Eles foram apresentados hoje (1º), durante o 8º Simpósio Brasileiro de Hansenologia, na capital paulista.
Inicialmente, a estimativa do governo federal é que 4 mil pedidos seriam feitos.
Desde 2007, com a Lei Federal 11.520, pessoas submetidas ao isolamento forçado passaram a ter direito a uma pensão de um salário mínimo e meio. Até 1986, uma lei recomendava a internação desses pacientes em locais chamados, à época, de leprosários. Com o fim dessa política de prevenção, as unidades foram transformadas em hospitais gerais. No total, foram feitas 11.963 solicitações, mas apenas 3.171 foram indeferidas.
Maria Eugênia Gallo, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, informou que, em alguns casos, faltam documentos que comprovem o isolamento. "Esses livros [de registro de internação de pacientes] são muito preciosos. Infelizmente, das dezenas de leprosários que tivemos em todo o país, temos apenas três livros para consultar. O restante da documentação é muito precária ou inexistente."
Ela destacou os isolamentos ocorridos no Acre, onde está boa parte (46 dos 145) dos pedidos de indenização judicializados. "Temos levantamento, mas poderia dizer que 90% são totalmente incapacitados. Eles eram diagnosticados e mandados para os seringais, onde continuavam exercendo a profissão, sem nenhuma orientação ou tratamento adequado. Não temos como avaliar o processo, porque não existe documentação." O Acre perde apenas para Minas Gerais, com 63 do total de casos judicializados.
O Movimento de Reintegração das pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) luta para estender esse direito aos filhos de portadores de hanseníase que foram entregues para adoção, gerando a separação de milhares de famílias. Thiago Flores, diretor nacional do movimento, disse que, embora exista a percepção de que essa é uma reparação importante, os entraves atuais para andamento do projeto de lei no Congresso são políticos e financeiros.
"Hoje, você tem dificuldade para conseguir um projeto que traga mais gastos para o governo. Do ponto de vista do reconhecimento de direitos, conseguimos avançar bastante. Nosso principal problema é econômico. O que trava o projeto é a questão orçamentária", afirmou Flores.
A estimativa é que 10 mil brasileiros ainda buscam familiares separados pelo isolamento compulsório de pacientes com hanseníase.
Preconceito
Para o diretor da Morhan, o combate ao preconceito e a capacitação de profissionais para diagnóstico precoce são os principais desafios para enfrentar a hanseníase. Segundo ele, hoje a doença é tratada como outra qualquer e o risco transmissão é interrompido a partir da primeira dose do tratamento.
"Muitas pessoas ainda têm a visão da doença como lepra bíblica, uma visão de que a doença é uma maldição, um castigo. A partir do momento em que não temos informação de que a doença é comum, fica muito difícil a adesão ao tratamento."
Flores é filho de pais com hanseníase e que foram isolados compulsoriamente na colônia Santa Izabel, em Betim, Minas Gerais. Quando ele nasceu, já era permitido que os pais permanecem com os filhos. É lá que eles moram até hoje.
"Na minha época, a colônia já era aberta, livre e não tinha mais a questão dos filhos separados." Segundo Thiago Flores, desde 1984, em Santa Izabel, os pacientes tinham direito a deixar a colônia. Acrescentou que a maioria permaneceu no local por viver lá há décadas e ter perdido o vínculo com a família, além do medo do preconceito.
Passados 30 anos, ele reconhece que, apesar de a colônia existir como um bairro comum no município, ainda há preconceito, pela falta de informação sobre a área da Santa Izabel. "As pessoas ainda carregam um estigma muito grande, principalmente nas cidades, porque essas colônias foram construídas em áreas isoladas. Tem diminuído, mas ainda há preconceito em relação às pessoas que ainda vivem em regiões de colônias, por causa da falta de informação."
De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, que atinge pele e nervos periféricos, podendo levar a sérias incapacidades físicas. No Brasil, foram 31.064 novos casos diagnosticados em 2014. (02/11/15)

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O HOJE
Busca por mamografia supera expectativas
Campanha Outubro Rosa leva 1,2 mil mulheres a buscar Hospital Araújo Jorge para exame

Jéssica Torres
Acampanha Outubro Rosa, realizada mundialmente para conscientização e combate ao câncer de mama, têm demonstrado eficácia na conscientização das mulheres goianienses. A procura pelo exame de mamografia cresceu em comparação aos anos anteriores. É o que afirma a Supervisora de Serviços de Diagnósticos e Tratamento, do Hospital Araújo Jorge, Alessandra Castro Prado. "700 exames já foram realizados no hospital só em outubro e a procura foi tão grande que tem fila de espera", ressalta.
Além dos 700 exames feitos, outros 500 estão agendados, totalizando a procura de 1,2 mil na unidade de saúde. O hospital, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ofereceu o exame gratuitamente durante todo o mês para mulheres acima de 35 anos.
Como a demanda ultrapassou o esperado, segundo Alessandra, as mulheres que já agendaram o exame farão a mamografia durante o mês de novembro. "Percebemos que as mulheres estão se preocupando e mobilizando quanto à importância do diagnóstico precoce".
De acordo com Diego Rocha, Assistente de Relações Públicas da SMS, foram feitas diversas ações intensificadas no mês de outubro, como palestras, informativos em redes sociais, além de ajuda com a campanha através de celebridades da capital, juntamente com ONG´s e empresas privadas para maior visibilidade. Também foram feitas arrecadações de leite que foi adiada até amanhã.
Novos casos
Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) 57.120 novos casos de câncer de mama poderão surgir no Brasil e 1.500 em Goiás. De acordo com os dados fornecidos pelo Sistema Oficial de Informação do Câncer – SISCAM, o percentual de mulheres de Goiás e na faixa etária alvo (50 a 69 anos) que realizaram o exame de mamografia ainda é considerado baixo.
A razão do número de mamógrafo por mulheres preconizada pelo Ministério da Saúde é de um mamógrafo para cada 240 mil habitantes. De acordo com os dados do DATASUS o Estado de Goiás possui 93 mamógrafos disponíveis nas Unidades do SUS, sendo eles 71 mamógrafos de comando simples, 12 mamógrafos com estereotaxia e 10 computadorizados, possuindo assim seis vezes mais aparelhos do que o exigido pelo tamanho da população aqui residente. Mas dos 246 municípios goianos, apenas 33 disponibilizam mamógrafos a suas populações, estando mais de 50% deles instalados na região metropolitana e em grandes cidades.
O câncer de mama é segundo tipo mais frequente entre as mulheres e responsável por 22% dos novos casos a cada ano. A campanha Outubro Rosa, conduzida pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), vem reforçar a importância da mamografia e do autoconhecimento das mamas para reduzir as taxas de mortalidade relacionadas à doença.

É dada a largada para o Novembro Azul
O 'Novembro azul', acaba de começar com iniciativas em Goiânia e todo país com ações de prevenção e combate ao câncer de próstata, tumor mais frequente no sexo masculino, ficando atrás apenas dos tumores de pele, e o sexto tipo mais comum no mundo segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). A cada seis homens, um é portador da doença. A estimativa do INCA é de que, por ano, 69 mil novos casos sejam diagnosticados, um caso a cada 7,6 minutos.
Segundo a assessoria de comunicação da SMS já começaram com a campanha visando conscientizar os homens. A recomendação é que homens a partir de 50 anos procurem um urologista para realizar os exames preventivos anualmente. Indivíduos com história familiar de câncer de próstata, da raça negra, sedentários e obesos devem iniciar a prevenção a partir dos 45 anos, pois possuem maior risco de desenvolver a doença.
A doença pode demorar a se manifestar, exigindo exames preventivos constantes para não ser descoberta em estágio avançado e potencialmente fatal. Os exames consistem na dosagem sérica do PSA e no exame de toque retal, que são complementares, pois cerca de 20% dos casos não são detectados pelo PSA. Quando diagnosticada precocemente as chances de cura da doença são de, aproximadamente, 90% (03/11/15)

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

 

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