Em uma palestra online realizada na terça-feira (17), o Sindhoesg abordou um tema que exige atenção redobrada por parte das instituições de saúde: a segurança da informação e a proteção de dados. O encontro reuniu gestores e profissionais do setor para discutir riscos, responsabilidades legais e boas práticas para prevenir vazamentos de informações.
Renato Carneiro, da empresa Assistplus Tecnologia, especializada em Cyber Security, destacou que a maioria dos vazamentos de dados ocorre não por falhas técnicas, mas por manipulação psicológica dos envolvidos. “Hoje, os golpistas estão interessados em hackear pessoas, que são mais vulneráveis, e não computadores, que são mais seguros”, alertou, ressaltando que é preciso capacitar as equipes para evitar que caiam em golpes, como o de pessoas que se passam por parente de paciente ou por médico e solicitam informações da instituição.
Durante a palestra “Segurança da Informação e LGPD”, moderada pelo presidente do Sindhoesg, Gustavo Clemente, reforçou-se que a responsabilidade pela proteção dos dados dos pacientes e da instituição vai além dos limites físicos do hospital e não se restringe apenas aos dados digitais. “A equipe da portaria do hospital também é responsável por essa segurança”, enfatizou Renato Carneiro.
O especialista também lembrou que empresas terceirizadas, responsáveis pela guarda e pelo processamento das informações, respondem solidariamente em casos de vazamento. “É essencial que os contratos com essas empresas contenham cláusulas claras sobre proteção de dados e que elas estejam cientes de que compartilham essa responsabilidade”, afirmou.
“Por mais espertos que achamos ser, temos que ficar desconfiados de tudo. Na área da saúde, onde a rotina é intensa e as decisões precisam ser rápidas, precisamos de minutos de pausa, de reflexão. A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) trouxe uma nova cultura e um alerta para ficarmos atentos às informações que acessamos, buscamos e divulgamos”, disse Gustavo Clemente, que vem trabalhando com a LGPD desde antes do início da vigência da lei.
Ele mencionou as referências do Manual de Acreditação da ONA à segurança da informação, que, embora genéricas, podem servir como diretrizes para que as instituições de saúde criem protocolos e mecanismos de proteção que fortaleçam a cultura de segurança de dados.
Renato Carneiro reforçou que a implementação da LGPD nas instituições é um processo contínuo, que exige constante adaptação e conscientização sobre os riscos de vulnerabilidades. O Sindhoesg tem atuado para orientar seus filiados na adaptação à lei, promovendo a proteção dos dados de empresas, pacientes, fornecedores e colaboradores.
O objetivo é auxiliar as instituições nesse processo, garantindo que estejam preparadas para enfrentar riscos, agir em caso de incidentes e, assim, assegurar a proteção de dados sensíveis e a segurança dos pacientes e demais públicos.
Interessados em agendar uma visita técnica para obter mais informações sobre o tema podem entrar em contato:
Sindhoesg: (62) 9 9504-8333
Assistplus Tecnologia: (62) 98168-6490