Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

SINDHOESG EM FOCO Nº 25 – 04/07/13

SINDHOESG EM FOCO
Informativo do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos
de Serviços de Saúde no Estado de Goiás – Sindhoesg
                                                                    Ano 1 Nº 25  04/07/2013

 

MOBILIZAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS

Protesto dos médicos reúne cerca de 2,3 mil pessoas em Goiânia

O presidente do Sindhoesg, José Silvério Peixoto Guimarães, esteve na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e acompanhou a manifestação

Cerca de 2,3 mil médicos e acadêmicos de medicina saíram às ruas de Goiânia, na tarde de 3 de julho, para protestar contra a proposta de importação de médicos formados no exterior sem a revalidação dos diplomas, em defesa da saúde pública e a favor da sanção sem vetos do projeto que regulamenta o exercício da medicina no Brasil. O presidente do Sindhoesg, José Silvério Peixoto Guimarães, esteve na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e acompanhou a manifestação.
A passeata, organizada pelo Comitê das Entidades Médicas do Estado de Goiás (Cemeg), formado pelo Cremego, Associação Médica de Goiás e Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), saiu da sede do Conselho, por volta das 16 horas, em direção ao Hospital Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG). Durante o percurso, os manifestantes receberam o apoio da população, que aplaudia o grupo e criticava o descaso do governo com a saúde pública no País.
Os presidentes do Cremego, Salomão Rodrigues Filho; da AMG, Rui Gilberto Ferreira; e em exercício do Simego, Rafael Cardoso Martinez, seguiram à frente da passeata, carregando uma faixa com dizeres em defesa da criação da carreira de Estado para o médico, uma das reivindicações dos manifestantes. Também com faixas e cartazes, os médicos e acadêmicos de medicina seguiram pelas Avenidas T-7, Assis Chateaubriand, República do Líbano e Anhanguera, chamando a atenção da população para o risco que a importação irregular de médicos representa para a saúde, denunciando a falta de investimentos no Sistema Único de Saúde e pedindo a saída do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A passeata teve ampla cobertura da imprensa e terminou na porta do HGG, onde os manifestantes gritaram palavras de ordem em defesa da saúde pública e da classe médica, cantaram o Hino Nacional e deram um abraço simbólico no prédio. (Fonte: Cremego)

NA MÍDIA

Protesto – Contra a importação de médicos

Profissionais e estudantes saíram às ruas contra medida do governo que pretende trazer médicos de fora
Janda Nayara

Cerca de 2,3 mil médicos e estudantes participaram de protesto na tarde de ontem, em Goiânia, contra a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil sem a revalidação do diploma pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida, segundo o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). O protesto ocorreu em vários locais do País. Em Goiânia, os manifestantes se concentraram na sede do Cremego, no Setor Bueno, e saíram em passeata pacífica até o Hospital Geral de Goiânia (HGG), carregando cartazes e proferindo palavras de ordem.
O presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, reforçou que os médicos não são contra a vinda destes profissionais que se formaram no exterior, mas sim, da forma que o Ministério da Saúde pretende autorizá-la. “Uma licença especial, concedida através de uma prova simples e três semanas de treinamento, é insuficiente para saber se esse profissional está apto para atuar aqui. É contra a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, uma irresponsabilidade com a saúde”, afirma. O plano do governo é criar programas de autorização especial para que os profissionais que se formaram fora do País só possam atuar na atenção básica, nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades.
Para Salomão, o problema da saúde não está na falta de médicos e sim, no baixo investimento do governo na saúde pública. Para o conselho, o número de médicos existentes no País é suficiente para suprir a demanda, desde que ocorresse também uma interiorização dos investimentos em estrutura. “O médico não quer ir para uma cidade onde faltam condições básicas para o atendimento. É desestimulante”, analisa. O presidente da entidade também defendeu a criação de uma carreira de Estado para o médico, o que segundo ele, incentivaria a fixação do profissional nas cidades do interior.
Segundo o presidente em exercício do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Rafael Cardoso Martinez, as manifestações que ocorreram em todo o País são para alertar a população sobre “os riscos deste investimento incorreto”. Martinez explica que as entidades irão esperar a repercussão do ato nacional, e se for preciso farão uma paralisação nos atendimentos públicos e privados.
Priscilla Souza de Faria, estudante de medicina de uma faculdade particular, questionava se os médicos importados ficariam apenas no interior e avaliava a ação do governo como injusta com os brasileiros. “Por que não melhoram as condições de trabalho para nós? Assim, eu e outros médicos já formados iríamos sem problemas para o interior”, questionava.
APOIO
Durante o percurso, a mobilização ganhou apoio de populares que buzinavam, aplaudiam e tiravam fotos, como o matemático João Carlos Ferraz. Para ele, é preciso desconfiar da qualidade dos possíveis médicos importados. “Sou a favor da valorização do nosso profissional. E depois, não sabemos quais profissionais estrangeiros se interessariam por esta proposta”.
Mesmo parada no trânsito da Avenida Anhanguera, que ficou interditada por alguns minutos, a comerciante Ana Maria Ferreira, buzinava, mas não de revolta, e sim em apoio ao protesto. “Não tenho uma opinião formada a respeito da contratação de estrangeiros, mas tenho a certeza de que o primeiro passo é investir na estruturação da saúde. É por isso é importante protestar”, salientou.
No final do protesto, os médicos pregaram os cartazes nas grades do HGG, cantaram o hino nacional e deram um abraço simbólico na hospital.

Para presidente do CFM, ação foi vitoriosa

São Paulo – Manifestações contra a proposta do governo de trazer médicos estrangeiros para trabalhar no interior sem revalidação de diploma tomaram ontem as ruas das principais capitais do País. Mais de 4 mil médicos protestaram em Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Rio, além de Brasília.
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D’Ávila, classificou como positivas as manifestações. “A população viu algo raro, médicos nas ruas. Pedimos por várias coisas: melhoria na condição de trabalho, mais investimentos”, disse. “Foi uma ação vitoriosa”, afirmou D’Ávila, que ontem acompanhou os protestos da capital do Brasil. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não se manifestou.
A capital de Minas Gerais reuniu 2 mil médicos. A passeata seguiu pela Praça 7 de Setembro e terminou na Associação Médica de Minas Gerais (AMMG). Os médicos cobraram mais verbas para a saúde.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA) Maria do Socorro Mendonça de Campos, a categoria espera o cumprimento do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). “Nenhuma entidade é contra a vinda de médicos, mas é preciso se certificar de que são médicos de qualidade.” (o Popular)


SERVIÇO – SINDHOESG

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Ano 1 –  Nº 24 – 04/07/2013
Informativo do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg)
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Presidente: Dr. José Silvério Peixoto Guimarães
Jornalista Responsável: Rosane Rodrigues da Cunha – MTb 764/JP-GO

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